RENTRéE DEDANS...

Depois de um final de semana mais do que desanimado (é, a falta de motivação, o cansaço e outras cositas mais estavam me tirando do sério), estava eu, hoje, passando pela estação de trem de Genebra, indo pra parada pegar meu ônibus pra universidade, me sentindo melhor (temperatura: 25°C), já que eu não posso e não consigo ficar mal por séculos, quando uma bendita donzela, caminhando em direção oposta, simplesmente resolve não se desviar do meu caminho (e eu, claro, já tinha me afastado um pouco pra guria passar) e bate o corpo com toda violência contra o meu. Peito com peito. O pior: ela ainda teve a coragem de me chamar de "connasse" (que seria algo tipo "imbecil", "otária"). E eu, totalmente desnorteada, não consegui pronunciar nada: o máximo que saiu da minha boca foi um "putz grila". Não consegui nem articular un mísero "putain" rotineiro... Foi aí que eu descobri que não há língua melhor que a língua materna pra expressar sentimentos negativos.

... sem motivaçao, cansada, cansada, sem motivaçao...

E parece que a coisa tomou proporçoes um pouco gigantescas demais. Ser tratado com desrespeito eh uma coisa, mas pagar com a mesma moeda, eh outra totalmente diferente...

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Ih, olha que legal: meu modesto "bloguinho" esta listado no Mundo Pequeno :-)

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NOTINHA: às vezes tenho direito a acentuaçao nestes computadores, às vezes nao. No q estou usando agora, soh posso usar acento agudo nos "e", e circunflexo nos "o", "u" et "e". Enfim, nao muito pratico pra nossa lingua portuguesa de todo dia...

E finalmente tudo deu certo. Minha apresentaçao foi boa, engasguei algumas vezes, mas tudo deu certo no final. Ao menos eu sabia direitinho tudo o que eu deveria falar, entao, todos os problemas q vieram às vezes foi mais de ordem "como me expressar", e nao "putz, alem de falar francês desse jeito ainda nao conhece bem o assunto"??

Na verdade, foi ateh interessante a reaçao das pessoas cada vez q eu me levantava (eu tava me revezando com outras 4 pessoas q faziam parte do grupo) e começava a falar: a maioria assumia uma postura descontraida, como se quisessem me encorajar a continuar ou soh pra me deixar mesmo à vontade, e isso eu senti tanto da parte dos "francophones" como dos estrangeiros. Enfim, estou aliviada, e agora tudo o que me resta é encarar a proxima e ultima apresentaçao que me resta, pra uma aula de "Introduçao à Ciência Politica". Eh ralar e aguardar o resultado... No final, o professor ainda fez elogios à "alta qualidade das apresentaçoes". Pra suiço dizer isso, a coisa tem de ter sido realmente bem feita. Q bom!! :-)

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Hoje o céu esta azul, azul. Sou do tipo de pessoa que nao vê o inverno negativamente, mas depois de quase 2 anos sem um verao de verdade (no ano passado, quando era verao aqui, passei 2 meses no Brasil, consequentement, inverno por lah, q mesmo nao sendo muito frio, nao era o verao em toda sua "potência"), e agora tô realmente com necessidade fisica, psicologica, e todos as outras "logicas" possiveis do sol. Tomara q o sol se instale definitivamente por estas bandas, pelos proximos 4 meses ao menos!!! Tô ateh com inveja de quem mora na França, e mesmo na Suécia, prq parece que o bom tempo estah reinando por estas bandas, enquanto aqui, a semana passada, foi como eu diria "du temps completement pourri"... :-)

... 17 minutos pra começar meu seminário... Gullp!!

BRASIL

E se os problemas do Brasil se resumissem a enviar o presidente à sessões regulares nos "Alcóolicos Anônimos"...

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E, pela primeira vez em um ano e meio de Suíça, vou fazer uma apresentação em francês em público (seminário do curso de História Econômica, sobre a segunda revolução industrial na Alemanha)... Tô tentando cruzar até os dedinhos dos pés pra que a língua não trave na hora, pra que o corpo continue plácido, sem tremores, e pra que os suores não iluminem minhas têmporas, revelando o "medinho" que na verdade habita minhas cordas vocais quando o negócio é falar por 10 minutos sobre um assunto que conheço, mas que sairá com aquele sotaque charmosíssimo que não me abandona...

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MONTREUX JAZZ FESTIVAL

E já que, ao que tudo indica, minha ida ao Brasil em julho não vai mesmo dar certo, vou ser obrigada a ir a este festival aqui. Adoro este evento, fui uma única vez, em 2001. A programação é super eclética, passeando do rock, pop, electro, jazz à música brasileira, que é presença constante desde sua primeira edição - já passou por lá Elis Regina, Cidade Negra, Gilberto Gil, Milton Nascimento e etc, e mesmo o João Gilberto, que fui prestigiar, mesmo que eu prefira tê-lo no meu toca-cd, já que ao vivo, o indivíduo é, por mérito próprio, reconhecido por sua antipatia.

A propósito, vale a pena visitar Montreux. Se eu não estudasse em Genebra, eu iria morar lá. Cidadezinha realmente cidadezinha, pequena, minúscula, mas com um charme incrível...

... dia chuvoso, rua cheia de guarda-chuvas escuros, 17°C, nada de sol. Genebra molhada, dos pés à cabeça, me fazendo companhia. Correria pra pegar o trem, correria pra sair do trem, correria, correria, tudo correndo na minha vida, na mesma velocidade em q as aguas dessa chuva sem fim.

DIA DE MUDANçA

E finalmente me mudei no sábado. Esqueci totalmente que meu quarto não era mobiliado, então, nem dormir no meu novo habitat eu pude. Cheguei no sábado já às 19h, de mala & cuia na cabeça. Como eu iria trabalhar à noite, não tive tempo nem disposição pra começar a arrumar as coisas. Ontem até que tive tempo, mas não estava muito disposta, eu estava tão cinza quanto o dia. Mas ao menos descolei um colchão e um armário no qual vou colocar meus livros & papéis (peguei emprestado com uma amiga). Hoje comecei a pesquisar no site da IKEA algumas coisas que preciso, incluindo uma cama. Acho que vai dar pra comprar algo bonitinho, por um precinho razoável.

O mais engraçado é que só depois de 1 ano e meio morando aqui na Suíça foi que cheguei à conclusão de que eu não tenho nada: nem toalha!!! Morei em dois lugares anteriormente, e não precisei de providenciar nada disso porque me forneciam tudo: lençóis, travesseiros, edredom, toalhas, etc. A sensação de ter de providenciar tudo isso me surpreende: estou super animada de sair por aí pra procurar e escolher todas estas coisas. Mas, enquanto não termino todo este trabalho, vou comprar ao menos uma planta, pra dar um pouco de vida ao meu quarto, que por enquanto não passa de um amontoado de roupas, sacolas, papéis, nostalgias & saudades do meu antigo lar com meu ex...

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TOUTANKHAMON

Estive na Basiléia há 3 semanas, mas infelizmente não tive tempo de dar um pulinho no museu de antiguidades de lá. No dia 7 de abril começou a exposição de alguns dos objetos encontrados na tumba do faraó Toutankhamon (lê-se tutancamon), que datam de 3500 anos. Filas gigantescas, bilhetes esgotados quase todos os dias, enfim, sucesso total. Mas ainda tenho até o dia 3 de outubro pra conseguir o meu.